A eleição que não deu de comprar.

Na última quinta-feira(14) aconteceram as eleições para a presidência da FAMEM, duas chapas concorreram, a que indicou o nome do prefeito Erlânio Xavier do PDT e a do prefeito de Caxias, Fábio gentil, um Republicano. O Pedetismo maranhense saiu vitorioso desse embate, mas o que de fato derrotou a aliança entre Liberais e Republicanos em torno do prefeito caxiense?  

O que não faltou foi investimento.

As extravagancias do prefeito e do grupo que levou o seu nome foram uma das marcas da campanha da Chapa 2 - "Zé Gentil". Na noite anterior da votação o grupo patrocinou um jantar em um dos restaurantes mais requintados do Nordeste, que fica na capital São Luis, com direito a tudo, inclusive aglomeração de prefeitos sem máscaras

De acordo com o Blog do Clodoaldo Correia, o alto comando dessa corrida rumo a derrota, também chegou a ligar para os prefeitos de municípios menores para oferecer propostas financeiras absurdas.

Mas os montantes milionários disponíveis na prefeitura de Caxias, ou a atuação do vice-governador republicano Carlos Brandão e nem mesmo o investimento de Josimar de Maranhãozinho garantiram a vitória de Fábio Gentil para a presidência da FAMEM. 

Opositor natimorto.

Não foi exatamente uma surpresa a derrota dos Republicanos-Liberais na disputa pela FAMEM. No registro das chapas ficou evidente a superioridade de Erlânio Xavier do PDT, que ao se inscrever levou uma comitiva recheada de prefeitos enquanto seu rival contou com a presença limitada de alguns deputados e assessores. 

Só em Caxias.

Essa derrota é resultado, em parte, da pouca aptidão de Fábio gentil para a política estadual, ele que vem tentando construir rumos para disputar uma vaga no legislativo maranhense precisa correr muito, pois mesmo 4 anos como prefeito de um dos maiores colégios eleitorais do estado, não conseguiu se articular politicamente. Isso ficou evidente durante as eleições de 2020, quando na disputa contra o Deputado Estadual Adelmo Soares, Fabio Gentil não conseguiu trazer nenhuma liderança política de peso para lhe apoiar na sua campanha, enquanto seu rival mostrou toda sua capacidade de articulações no estado e trouxe senadores, deputados federais, estaduais e secretários do Governo Flávio Dino. 

Carrasco dos próprios aliados.

FG é um nome que nunca despertou confiança no resto do estado, o histórico de traições políticas na sua carreira, que foi ignorado pelo eleitorado caxiense, não passa despercebido entre prefeitos e demais políticos “passados na casca do alho”. Mesmo com as altíssimas propostas oferecidas, bastava pesquisar o histórico recente de como terminaram as alianças políticas do gestor em Caxias para ficar com o pé atrás com as promessas "cabeludas"; o vereador Catulé foi atacado diretamente ao ser tirado da disputa pela presidência da CMC para dar o cargo ao primo do prefeito; o ex-vereador Magno Magalhães que foi líder do governo teve sua esposa demitida logo após as eleições; até mesmo o vice-prefeito Paulo Marinho Jr foi escanteado quando o líder do executivo municipal não titubeou em indicar a própria filha como candidata a Deputada Federal no lugar do herdeiro Marinho. 

Eleições 2022.

Outro fator decisivo na disputa foi o poder político demonstrado pelo senador Weverton Rocha que é o padrinho da eleição de Erlânio Xavier, ambos do PDT. A corrida rumo as eleições de 2022 tem como principais protagonistas o Senador pedetista de um lado e a aliança Brandão-Josimar do outro, ambos com interesse na disputa pela sucessão do governador Flávio Dino. Os resultados desse embate mostraram que até então o Senador Weverton é quem reúne as condições práticas para se tornar o próximo Governador do Maranhão.