Apesar do fim das eleições municipais no dia 6 de outubro, em Caxias, a classe politica continua em expectativa sobre quem vai assumir a prefeitura no dia 01 de janeiro, isso porquê a eleição do sobrinho do atual gestor aconteceu através de práticas já proibidas pela justiça, entre elas, a mais notória, foi o uso de um áudio produzido por inteligência artificial para prejudicar a candidatura oposicionista.
Com fartos argumentos e provas, incluindo uma perícia que comprova a falsificação do áudio, videos do prefeito usando o áudio para amedrontar eleitores e funcionários públicos, e a irrisória diferença de 0,63%, o deputado Paulinho entrou na justiça eleitoral contra a prática ilegal. O ministro Alexandre de Morais já se pronunciou enfaticamente sobre o uso de I.A.s para fraudar eleições, e a sanção para politicos condenados pela prática é a cassação do mandato ou da diplomação.
Assim restam 3 caminhos para a justiça no caso de Caxias, a primeira é a mais dificil de aconceter: nada. Existe a possibilidade de, apesar do "contêiner" de provas contra Gentil Neto, os juizes responsáveis por receberem a denúncia apreciarem o caso e declararem que não houveram irregularidades que tenham influenciado o resultado do pleito. No entanto, é muito dificil um magistrado das altas cortes arriscar sua credibilidade e seu prestigio em um caso tão exposto, evidente e flagrante, tanto pela robustez das provas e das declarações de ministros do TSE e STF, como também pela diferença de menos de 1% entre os candidatos.
Caso seja confirmada a fraude, existem 2 possibilidades de alteração do cenário das eleições de 2024. No primeiro caso, a chapa eleita com ajuda da fraude teria os votos anulados e a posse seria dada ao segundo colocado, ou seja, Paulinho seria o prefeito a assumir a cadeira no dia 1º de janeiro. Na segunda possibilidade, a eleição seria cancelada e um novo pleito aconteceria, no entanto, como os votos anulados não ultrapassariam 50% do eleitorado, é dificil imaginar que ocorra uma nova eleição. Mesmo que aconteça, Gentil Neto não poderia ser candidato, pois uma das sanções previstas para o caso é a cassação dos direitos politicos de Fábio Gentil e Gentil Neto, que não poderiam disputar uma nova eleição por até 8 anos.
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