Mesmo com o fim das eleições de 2024 e a vitória de Gentil Neto, o grupo governista parece não ter muito o que comemorar, pois além da diferença mínima, 0,63% dos votos, algumas ações cometidas durante a campanha ainda podem cassar a chapa eleita.
Apesar da quantidade de relatos que apontam a possível compra de votos em massa nos bairros e na zona rural, nomeações e demissões de pessoas baseado em interesses políticos, perseguição através da máquina pública, impressão de santinhos com número falso… o que tem preocupado os governistas são as falas incisivas e repetidas de ministros do STF e TSE, como Alexandre de Morais, sobre o uso de “deepfake” nas eleições municipais.
O motivo do incômodo é que em Caxias, o prefeito Fábio Gentil usou áudios falsos produzidos por inteligência artificial para prejudicar a oposição. Nos áudios, um aplicativo simula a voz do ex-prefeito Paulo Marinho afirmando que pediu ao seu filho e candidato à prefeitura, Paulinho, que demitisse todos os funcionários da prefeitura e entregasse tudo a Josimar de Maranhãozinho.
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Nos bastidores denúncias já estão sendo protocoladas com laudos de peritos que já analisaram o áudio e comprovaram a fraude, além disso, qualquer pessoa minimamente habituada a inteligências artificiais consegue perceber a fala robótica e sem sentido no áudio atribuído ao pai do candidato de oposição.
O prefeito poderia até repetir o discurso do ex-candidato Pablo Marçal, que após divulgar um laudo fake as vésperas das eleições disse que não sabia se era verdadeiro ou fake. No entanto, o prefeito de Caxias alegou em um dos vídeos que ele mesmo teria gravado o áudio, o que levanta mais questionamentos: como o áudio foi gravado com tanta nitidez? Porque Paulo Marinho falaria isso logo ao prefeito? Quando, onde e quem mais testemunhou esse encontro?
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Se reconhecido pela justiça que o áudio é fake, além de minar de vez a reputação e a moral do grupo Gentil, o TSE e o próprio ministro Alexandre de Morais já determinaram que casos como esse devem ser punidos com a cassação da chapa eleita e mesmo que o candidato chegue a tomar posse, o seu mandato seria cassado.
Um último fator que deve ser determinante é a pequena diferença entre os candidatos, menos de 600 votos entre mais de 100 mil eleitores aptos a votar, o que consiste em uma diferença de 0,63% dos votos válidos. Com uma diferença tão pequena, um áudio como esse pode ter sido fundamental para que funcionários públicos indecisos e seus familiares tivessem medo de votar no candidato da oposição.
O fato é que nem mesmo os aliados do prefeito conseguem defender a veracidade dos áudios e agora pode ser uma questão de tempo para que o sonho de consolidar mais uma oligarquia no Maranhão seja frustrado por atitudes desesperadas.
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Comentários
23/10/2024 12:49:22
Mauro Henrique
Falta de vergonha do prefeito comprar voto presenciei a compra
23/10/2024 12:26:00
José de Ribamar Costa da luz
Com certeza .. É impugnação na hora