Tem circulado nos “bastidores” que os remanescentes do grupo Coutinho na região leste estão em diálogo com o prefeito Fábio Gentil sobre uma possível união rumo as eleições em 2024. Um dos pivôs dos diálogos seria o ex-presidente da Câmara de Caxias Ironaldo Alencar, aliado de primeira mão do saudoso Drº Humberto Coutinho.
Com o rompimento da família Marinho e o apoio frágil e incerto de Catulé Jr., Fábio Gentil vem procurando outras alianças para preencher a lacuna eleitoral e política que tem hoje no seu grupo, lacuna essa que fez com que FG perdesse boa parte do seu eleitorado nos últimos anos.
Em 2020, com apoio irrestrito dos Catulé’s e Marinho’s, FG se elegeu com mais de 60 mil votos, já em 2022 alcançou seus piores resultados nas urnas desde 2014, chegando a tirar menos de 18 mil votos para sua candidata a deputada estadual e 25 mil votos para a própria filha candidata a federal, enquanto a oposição unificada ultrapassou a marca dos 30 mil votos nos dois cenários.
Devido a este resultado perigoso em 2022 – uma vitória amarga – FG não pode arriscar, especialmente com a eminente união dos principais nomes da oposição em uma única candidatura e com a falta de liderança do próprio gestor, o que tem gerado diversos pré-candidatos avulsos e desunidos no grupo do prefeito.
Firmada a aliança, o grupo Coutinho poderia indicar titulares de secretarias importantes, desbancando indicações de outros “velhos” aliados. Além disso, o grupo teria a indicação da vice do candidato ou candidata de Fábio Gentil, o que também pode resultar numa crise interna, pois os pré-candidatos a governistas que forem rejeitados pelo chefe do executivo pretendiam disputar pelo menos o cargo de vice.
Apesar das promessas de cargos e espaços grandiosos, aqueles que estão planejando entrar no barco governista deveriam reavaliar o histórico de fidelidade do atual gestor, que de 2016 pra cá perdeu e continua perdendo aliados importantes, todos saindo com a mesma queixa: a “traição”.
Mesmo consolidada, a união pode não ser suficiente para salvar a “Era Gentil” do fim. A aliança inusitada pode cair como uma bomba entre apoiadores e apoiadoras de ambos os lados, pois vale lembrar que Fábio Gentil se elegeu com um forte discurso contra o grupo Coutinho, muitas vezes ultrapassando o limite da boa política, mesmo tendo feito parte do grupo até quando lhe foi conveniente.
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