(Deputado federal Marcio Jerry e deputado estadual Othelino Neto, mais votados do PCdoB no MA)
Desde a promulgação da lei que estabelecia a famigerada clausula de barreira, blogueiros e "especialistas" de todos os tipos anunciavam a morte do PCdoB, partido histórico com mais de 100 anos de existência no Brasil.
No Maranhão a crise parecia ser ainda maior, pois após eleger Flávio Dino governador duas vezes, o atual senador eleito saiu do partido levando com ele uma grande remessa de deputados, deputadas e diretórios ao redor do estado.
(Flávio Dino durante campanha a reeleição pelo PCdoB em 2018)
No entanto, apesar dos discursos fúnebres, o partido permaneceu firme, alicerçado nos movimentos sociais. O PCdoB não saiu das ruas e se manteve presente nas lutas populares, práticas que estão no DNA da sigla comunista. Na questão eleitoral não foi diferente.
Em 2018, quando o PCdoB era o partido do governador, a sigla elegeu 6 deputados e deputadas, já em 2022, sem candidatos próprios ao governo e ao senado, e em uma federação com o “todo poderoso” PT, o partido elegeu 5 cadeiras e foi 5º partido mais votado para a Assembleia.
(Deputada Ana do Gás reeleita pelo PCdoB para ALEMA)
Ao congresso nacional o partido reelegeu Marcio Jerry como o 10º mais votado do estado. Com mais de 100 mil votos o comunista continuará no congresso nacional como um autêntico representante da esquerda maranhense. Flávia Alves ainda foi eleita suplente da Federação Brasil da Esperança com 55 mil votos.
(Flávia Alves e Othelino Neto.)
Ao todo o PCdoB conquistou 178 mil votos na disputa para deputados federais, e 255 mil na disputa por uma vaga na Assembleia, um resultado nada tímido.
(Lula e Marcio Jerry)
Estes números demonstram a força própria que o partido comunista mantém no Maranhão. Mesmo após a saída de diversos nomes de peso na política estadual, a agremiação continua eleitoralmente competitiva e bem estabelecida na política maranhense.
Fica o aviso, não será fácil acabar com um partido que resistiu a duas ditaduras e a décadas de perseguição e ataques nacionais e estrangeiros.
Deixe seu comentário
Comentários
Nenhum comentário foi encontrado, seja o primeiro a comentar!