Ricardo Rodrigues e Lycia Waquin, um caminho sem volta

Enquetes e pesquisas recentes feitas em Caxias, mostram que a oposição, após anos, aglutinou as condições reais para derrotar o atual grupo no poder após firmarem uma aliança rumo a 2024. Com apoio estadual, alta rejeição popular do prefeito e um grupo amplo exalando unidade, a oposição continua à frente mesmo sem indicar um candidato.

Um outro ponto que vem chamando a atenção nas pesquisas e enquetes é a força interna de dois nomes dentro do governo, que vem ameaçando a vontade oligárquica de Fábio Gentil de ter unidade em torno de um nome “puro sangue” como candidato a sua sucessão, são eles Ricardo Rodrigues e Lycia Waquin, que somados se igualam e até ultrapassam o pré-candidato Gentil Neto.

Apesar de serem aliados do atual gestor, os dois pretensos candidatos já demonstraram ter força própria e reforços importantes no Palácio dos Leões. O vereador Ricardo Rodrigues vem se fortalecendo no PT local, sigla que tem uma aguerrida e expressiva militância, que costuma atender aos chamados do partido. O presidente da Câmara conta ainda com o forte apoio do vice-governador Felipe Camarão, que vem impulsionando a ideia de uma candidatura própria da sigla em Caxias.

Lycia Waquin recebeu o PSDB recentemente, partido que deve abrigar sua candidatura, além disso, LW vem chamando atenção com seu grupo por onde passa, sempre expressivo e numérico. Na capital, Lycia tem a simpatia do Governador Carlos Brandão, que tem como uma das pessoas de sua confiança a mãe da pré-candidata, a chefe do seu gabinete Luzia Waquin.

A “rebeldia” dos dois nomes não é atoa, além da força própria e a rejeição do sobrinho do prefeito, o atual gestor já está sentindo o amargo gosto de “fim de mandato”. FG que já não cumpria acordos, agora já não pode dar garantias nem mesmo aos seus aliados. Com isso, outros nomes na câmara e no governo podem abandonar o barco governista e procurar uma alternativa mais saudável aos seus eleitorados. A situação é apenas resultado das traições, ameaças, perseguições e ataques do líder Gentil aos seus próprios aliados.

O prefeito se quer pode se preocupar com a oposição, pois antes de qualquer coisa ele tem que organizar “a casa”. A essa altura, Lycia e Ricardo já reúnem as prerrogativas para disputar o apoio do grupo no poder. Caso mantenham a candidatura à revelia dos interesses “gentis”, podem inverter a polarização e disputar a cadeira com a oposição, passando o candidato governista para o 3º lugar e enterrando de vez a “era Gentil”.