Apesar de, na frente das câmeras, posarem ao lado do gestor garantindo apoio e fidelidade total, quando os holofotes se apagam e longe dos ouvidos cabeludos, Lycia Waquin e Ricardo Rodrigues tem dado a entender que vão ser candidatos, com ou sem apoio do governo.
Ambos confiam na suas alianças na capital. Ricardo Rodrigues, é um "neo" petista caxiense que tem usado a sigla do presidente Lula como justificativa política para disputar o apoio do grupo Gentil. Como presidente da Câmara conseguiu a atenção do vice-governador Felipe Camarão, recém ingressado no PT e principal nome para sucessão de Carlos Brandão no governo do Estado.
Lycia Waquin mantém uma boa relação com o governador Carlos Brandão, este que tem como sua chefe de gabinete Luzia Waquin, mãe de Lycia. Alem disso, a pré-candidata conta com um diferencial de Ricardo Rodrigues, Lycia tem colocado um grupo engajado e mobilizado nas ruas e nas redes, e ela vem aparecendo com frequência na mídia e em atos públicos.
No entanto, o plano inicial de ambos os nomes nunca foi avançar em uma candidatura própria, a ideia era garantir o espaço de vice, no entanto, a vaga hoje está prometida aos remanescentes do antigo grupo Coutinho, o que afasta o sonho de receber o apoio governista. Nesse cenário, tanto para RR quanto para Lycia seria vexatório voltar para disputar uma cadeira na Câmara.
Alguns apontam que as ameaças de candidatura "solo" seriam apenas um blefe para fustigar o gestor a "valorizar" os nomes e aumentar os espaços de ambos no governo...
Apesar desta ser uma pratica reiterada, o que vem acontecendo é que Fábio Gentil está encerrando seu mandato, com riscos de perder a próxima eleição, então FG já começa a sentir o gosto de ser um "ex-prefeito" e os aliados começam a buscar sua própria salvação, nem mesmo os vereadores buscam defender o gestor, sinal de um fim melancólico.
Sem poder garantir espaços aos aliados tanto na atual gestão como na próxima, e sem oferecer ameaças a classe política de Caxias, o prefeito veio perdendo o comando do próprio grupo, que hoje disputam entre si o que sobrar do governo, como filhos que discutem a herança com os pais ainda vivos.
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