Enquanto o tímido Tino Castro já chegou “sentando na janela”, o grupo Coutinho continua sem nenhum espaço no governo Gentil.
Apesar da badalada união anunciada a mais de um mês atrás, aliados do grupo Coutinho já reclamam da demora para a indicação em cargos no governo. A situação ficou ainda mais alarmante nesta terça-feira, com a nomeação do empresário e ex-opositor Tino Castro como Secretário municipal de Indústria e Comércio.
No entanto, não é novidade para ninguém a prática do atual gestor de trair seus principais aliados que em outros momentos eram “indispensáveis”. Não são poucos os casos onde o gestor não cumpriu acordos com nomes de peso da política em Caxias e na região: Paulo Marinho Jr., Catulé Jr., Josimar de Maranhãozinho, Gabriel Tenório em Matões, Josa e Lacerda em São João do Soter... são várias as vítimas da “ambição” Gentil.
Apesar da prática do gestor, Ironaldo e cia embarcaram no grupo Gentil aceitando a proposta do prefeito para indicar o candidato a vice de Gentil Neto. Além do cargo de vice, os espaços que deveriam ser ocupados pelos Coutinhos atualmente seriam apenas o SAAE e o Mahcro Regional. Mesmo sem nenhuma promessa de cargo no primeiro escalão do governo, até mesmo essas promessas rasas podem não serem cumpridas.
Isso porque o fatiamento da prefeitura de Caxias entre os Coutinhos e Gentis já tem preocupado aliados que temem não se reeleger sem seus espaços, como o PT, que vem dando adeus ao sonho de ser vice de Gentil Neto ou vereadores que tem influência em outros órgãos como o SAAE e a Secretaria de Indústria e Comércio. Com isso, Fábio Gentil corre o risco de desgastar ainda mais seu grupo.
O pouco prestigio que Fábio Gentil vem dando ao grupo Coutinho é, em certo aspecto, justificável. O tão poderoso “clã” Coutinho que reinou até 2015 já não existe mais, o capital político do grupo se esfacelou ao longo dos anos, chegando a 2023 sem ter um vereador sequer além de não contar com nenhuma indicação de peso no governo do Estado, nem em Caxias nem na Capital.
Neste cenário que se desenrola, a tendencia é que os remanescentes do grupo Coutinho em Caxias sejam absorvidos pelo grupo Gentil e fiquem dependentes da estrutura política do atual gestor. A pergunta que fica é, caso ganhe as eleições, porque Fábio Gentil não faria com Ironaldo Alencar o mesmo que fez com Paulo Marinho Jr.?
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